A partida se inicia e a tensão circunda todos eles. O amor sempre fala mais alto nas brigas do casal, todavia, isso não se aplica ao futebol. Afinal, quem não quer ver seu país ser campeão? Na hora do jogo são só patriotismo, emoção e gritos. Não há maridos ou esposas, apenas americanos e ingleses provocando-se em frente à TV.
Ela grita animada, Inglaterra fez um gol. Ele fica emburrado e recebe um selinho com charme.
- Não fica tristinho, amor - provoca vitoriosa.
- Queria ver se fosse você.
- Daqui a quatro anos tem outra.
- Para a Inglaterra, só se for! - diz irritado.
E o bate boca recomeça, embora o assunto tenha deixado de ser o jogo que continua rolando. Eles voltam a ser apenas eles e, como qualquer outro casal, tudo acaba em D.R. O jogo é esquecido, as vuvuzelas deixadas de lado e os emblemas das camisetas de cada um não mais influenciam na torrente de palavras sobre a conta do telefone e a abarrotada máquina de lavar.
- O que você pensa que eu sou? A sua empregada? - ela grita vermelha de raiva.
- Talvez... Pelo menos é uma empregada linda... - dá de ombros já sorrindo de lado, sempre adorara provocá-la.
- Cínico - ela cerra os olhos ainda irritada.
- Te amo - brinca ele antes de acabar a dicussão com um beijo.
Na mesma hora outro gol é declarado e os americanos vibram alegres, porém ele continua o beijo curtindo um empate satisfatório entre Inglaterra e Estados Unidos não só no futebol, mas também no amor.
Por Jenifer Lima
-ok, vamos aos tracinhos... rs. Fiz esse texto na época da copa ainda, então já deveria ter postado há trocentos anos atrás (exagero), mas enfim... até que gostei -
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