domingo, 27 de junho de 2010

Minha perfeita ilusão

Ele chegou e me disse que as coisas ficariam difíceis, mas que ele estaria ao meu lado e eu acreditei e então nós nos abraçamos. Formávamos o casal perfeito e nenhuma garota olhava para ele, que era só meu.
Minha mãe não gostava que eu passasse tanto tempo com ele e eu fugiria com ele, mas Nate sempre dizia que me pediria em casamento quando eu tivesse idade para isso. Ele era minha respiração, minha vida.
As coisas pioraram assim como ele disse, todos ao meu redor duvidavam do amor dele, não entendiam como nosso amor era forte. Cheguei em casa e me deparei com médicos, minha mãe disse-me que eram para mim e eu não entendi, eu não estava doente. Segurei a mão dele ainda mais firmemente e perguntei a ela o porquê daquilo tudo.
- Suas ilusões já foram longe demais, não existe nenhum Nate, você sequer namora, filha! - ela gritou me sacudindo.
Como ela podia dizer aquilo tudo na frente dele? Discuti com ela sem entender nada, mas um simpático médico veio por trás e enfiou uma injeção no meu braço. Olhei amedrontada para Nate, que me abraçou e cantou baixinho no meu ouvido, seu método eficaz de me acalmar.
- Amor, por que você está sumindo? - perguntei sonolenta para um Nate embaçado e tudo ficou preto.
Já passaram-se duas semanas desde o ocorrido e aqui nesse hospício eu não consigo acreditar qu Nate foi apenas uma invenção do meu cérebro doente. Os psiquiatras conversam comigo sobre isso e meu comportamento violento os obriga a colocar uma camisa de força em mim quase sempre, mas eu não me importo.
- Gabriela Santana, seu remédio - o enfermeiro deu-me um potinho com dois comprimidos e pela primeira vez eu resolvi fazer algo, disfarçadamente joguei-os fora. Olhei para a porta e vi Nate com o sorriso que eu mais gostava, corri e o abracei com toda a força. Ao redor de mim parecia estar acontecendo algo, médicos chegaram e me puxaram dele, reagi e gritei o nome do meu doce amor e o ouvi dizer:
- Volte para mim, faça qualquer coisa, mas volte!
Morte nunca esteve em meus planos, mas sem a camisa de força eu farei de tudo para tê-lo, mesmo que todos estejam certos e ele seja apenas uma perfeita ilusão.


Por Jenifer Lima
-bem, eu comecei a escrever esse texto para passar o tempo sem nem saber onde ia parar, minha mãe e minha irmã estavam fazendo compras e eu estava sentada esperando-as com o celular na mão, então resolvi usar o bloco de notas para algo útil... abandonei o texto pela metade e lembrei dele há pouco tempo e então terminei-o... Não está muito elaborado, mas acho que passa o sentimento que eu quis que passasse... -

4 comentários:

  1. Gostei, Jenifer, a ideia é ótima. Acho que ficaria ainda mais bacana se só no final você revelasse que Nate não existe. Algo meio "Sexto sentido", you know? Beijos e sucesso no blog e na literatura!

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  2. Você podia continuar a história mais episódios sobre ela.
    É bem legal =)

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  3. Parabéns Jenifer, muito lindo seu texto, vc é muito talentosa, tem o dom das palavras, algo muito raro ultimamente!

    tá show seu Blog, beijooos!

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  4. Poderia, realmente, virar uma webnovela :D
    Adorei //

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