segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O eterno só teu



Ei, você! Só me diz por que é que voc
ê não me amou do jeito certo? Eu tenho todos os requisitos pra isso. É sério. Não ri. Seu amor por outra desfila à minha frente sempre que me vê, e uma parte de mim sente inveja. A outra parte desdenha. Desdenha porque já fui eu a ouvinte dos seus arroubos de paixão, das suas meias-verdades encantadoras, das suas músicas mal cantadas, das suas juras de amor eterno.
Quem sabe o seu amor fosse eterno mesmo, mas você não sabia onde guardar, não sabia o que fazer com algo tão interminável. Você, sempre tão inconstante, sempre disperso e vago, você não soube lidar com amor eterno, não soube dá-lo a mim nem sequer arrumar um canto colorido para ele. O amor eterno virou estático, congelado, enfadonho. Não dava mais pra renovar, o prazo venceu, não aceitei mais. Permiti que a culpa fosse minha mesmo, você nem questionou, pegou seu saco de amor quebradiço, deu a quem quisesse. Não avisou que o eterno era sua fachada, seu poema gasto, sua música de rimas fúteis.
Seu amor foi passando de mão em mão, minhas digitais foram desaparecendo. Dessa vez não sofri, nunca quis amor manchado. Por mim tá tudo bem, pode ficar com seu eterno indurável.

Por Jenifer Lima

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